Cansaço. Também pudera, você ficou 5 horas em pé. Qualquer um estaria morto. Som alto, que fazia com que uma força caísse sobre você e fazia você pular e gritar, e principalmente, balançar sua cabeça.
O show, no fundo, correu como qualquer outro, mas você se sentiu como se fosse o primeiro, e como se fosse uma criança por ali. Pouco se importando com seu visual, dando um grande foda-se pra seu cabelo, dando um grande foda-se pra bosta da Balança Comercial Favorável. Você está ali para festejar, seja como estiver.
Essa é a grande diferença ideológica entre o Black Metal e o tal dito Metal tradicional, você está lá porque quer estar, e gosta das pessoas de lá, independente de como se vistam, como falam ou como cantam.
O núcleo do metal nunca foi e nunca será, o visual, nem a bebida, nem as drogas, nem o estilo de vida, nem a política de cada indivíduo, nem se você é intimidador ou não, nem se você queima igrejas, nem se você dá a bunda, diferente das outras subculturas, o núcleo é o show, a festa, o som alto, e você não precisa nem ser Metalhead para estar lá. Não precisa nem vestir algo especial, nem camiseta de banda se quiser. Aliás, não precisa nem vestir roupas. Você só precisa estar lá, no ritual Sagrado.
Você pode estar sangrando, com ossos quebrados, mas você finalmente terá uma noite em que, enfim, possa ser vivida, em que, enfim, você não terá problemas ou estresse; em que o corpo no final não é nada (em relação ao cansaço e à dor que sente), mas sim, seu espírito estará valendo.
Essa é a beleza.
“Se eu me importo em vestir as mesmas roupas todo dia? Não, desculpe, está me confundindo, eu não sou glammer.” – Lemmy Kilmister
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