Calma, esse post não tem diretamente a ver com o Pantera, é mais com a Sociedade do Rótulo Preto (Black Label Society).
O Black Label Society retrata justamente o que acontece na minha vida. Algumas pessoas combinam com o Rush, já eu, combino com o Black Label Society.
Não é uma simples questão de camaradagem, irmandade que funciona a filosofia da banda. É muito além disso, é uma questão de respeito consigo mesmo. Vou explicar melhor.
Justamente hoje, que aparentava ser um dos piores dias da minha vida, desceu um espírito redneck (caipira dos EUA) sobre mim e comecei a ouvir uma banda chamada Pride & Glory. Como vocês já devem ter visto nos posts anteriores, eu me sentia muito sozinho, até hoje de manhã, eu colocar meu ipod antigo (o primeiro shuffle) e começar a escutar o cd dessa banda.
Cara, que sensação. Era como se eu tivesse fugido logo do caos urbano. Era como se eu portasse uma caminhonete Ford antiga, com todas as janelas abertas, eu e meu fiel cachorro, andando pelas rodovias do Brasil, praticamente vazias. Basicamente era assim: Eu, meu cachorro, a caminhonete e o CD do Pride & Glory. A solidão batia, mas não uma solidão melancólica, mas uma solidão boa, em contato direto com a natureza, me lembrando que eu não precisava exatamente de todas as pessoas que achava que precisava. Ninguém realmente precisa de alguém. Nós gostamos e ficamos juntos, mas não é VITAL para evitar o enlouquecimento e a melancolia.
Você, e suas cores (seu colete). É mais do que um significado de roupas, é mais do que ter suas bandas preferidas numa peça, é mais do que você se sentir banger todo dia. É uma peça de roupa que esteve ali sempre, e você sempre quis ela, e você o leva para todos os cantos.
Tem um episódio bem legal de Fantochinhos que fala sobre isso, onde o bonequinho não consegue dormir sem o cobertorzinho dele, e ele sai à procura do pedaço felpudo que o aquece todas as noites. É quase a mesma coisa. O colete de batalha sempre esteve lá, desde que me apaixonei pelo Metal. Assim, o colete não tem sequer uma representação da Black Label Society, mas não é sobre as bandas, ou o estilo dele. É sobre o que ele significa.
Hoje, faz sentido eu erguer a bandeira do BLS com o código de Honra, ou vestir seus patchs e me considerar um SDMF. Mas mesmo assim, prefiro mais o meu trapo de flanela cinza que carrego nas costas todo dia (e pretendo carregar), do que algo cheirando a novo.
As pessoas hoje esquecem das coisas simples que fariam falta se não a tivessem. Acho que justamente isso significa ser Sulista, viver das raízes e da simplicdade do campo.
I don't wanna change the world, I don't want the world change me
P.s. - Pride & Glory é o melhor cd que já ouvi na minha vida inteira.
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